Era uma vez...
Há muitos, muitos anos, havia por terras de Coucieiro um fidalgo, a quem chamavam D. Sapo.
D. Sapo era o representante do Rei, e por isso era ele que mandava naquelas terras, e todas as pessoas tinham de lhe obedecer!
Como tinha todos os privilégios reais por El-Rei concedidos e era um homem feio e mau, nada amigo do povo, o fidalgo abusava da sua posição!
Estava tão longe do Rei, que o tal fidalgo inventava leis absurdas e à sua maneira.
Um certo dia, D. Sapo anunciou que queria dormir com todas as noivas que fossem das terras do seu domínio, após os respectivos casamentos. Caso os noivos se recusassem, apanhavam uma multa, tão grande, tão grande, que teriam de trabalhar sem parar a vida toda, e mesmo assim não a conseguiriam pagar.
- Em nome do Rei, declaro, que após os casamentos realizados nesta terra, nessa noite, as noivas terão de dormir comigo! Se se negarem, terão de pagar uma multa de cem mil reis!
Um dia, um jovem alfaiate, apaixonou-se por uma rapariga de Coucieiro e ambos decidiram casar. Entretanto, o noivo foi avisado do privilégio de D. Sapo, que o iria obrigar a ceder a sua esposa ao fidalgo na noite do casamento.
O Alfaiate pensou numa maneira de evitar perder a sua noiva, e teve uma ideia:
- Querida esposa, não te preocupes, que eu defendo-te! Logo à noite dás-me o teu vestido e eu vou apresentar-me ao fidalgo, disfarçado de noiva, e resolvo o assunto.
Se bem o pensou, melhor o fez. E na noite, após o casamento, apresentou-se a D. Sapo disfarçado de noiva, pegou na sua arma, a tesoura de alfaiate e… matou o D. Sapo!
Perante o que tinha acontecido, em Coucieiro todas as pessoas começaram a temer pela vida do alfaiate. O próprio jovem, receando a justiça real pelo crime cometido, que seria aplicada quando o Rei descobrisse, tomou a decisão de se apresentar pessoalmente a Sua Majestade, para confessar o seu delito.
Ao chegar ao Rei, o alfaiate disse:
- Venho pedir a V. Majestade que me absolva, pois lá para as terras de Coucieiro, matei um sapo.
- Venho pedir a V. Majestade que me absolva, pois lá para as terras de Coucieiro, matei um sapo.
O Rei achando que se tratava de um pequeno animal da horta, e ouvindo tão humilde confissão, pensou e disse:
- Se mataste um sapo é mais um, menos um, estás absolvido!O alfaiate, depois de ouvir o perdão do Rei, ganhou coragem e continuou:
- Esse sapo era o Fidalgo lá da nossa terra, que talvez abusando dos privilégios reais, concedidos por Vossa Majestade, queria dormir com a minha noiva…O Rei não gostou, mas, como já o tinha desculpado, disse ao jovem alfaiate: - Estás perdoado, pois palavra de Rei não volta a trás! Vai para casa e tem uma vida feliz com a tua esposa.
- Se mataste um sapo é mais um, menos um, estás absolvido!O alfaiate, depois de ouvir o perdão do Rei, ganhou coragem e continuou:
- Esse sapo era o Fidalgo lá da nossa terra, que talvez abusando dos privilégios reais, concedidos por Vossa Majestade, queria dormir com a minha noiva…O Rei não gostou, mas, como já o tinha desculpado, disse ao jovem alfaiate: - Estás perdoado, pois palavra de Rei não volta a trás! Vai para casa e tem uma vida feliz com a tua esposa.
E foi desta forma que as gentes de Coucieiro se viram livres do malvado D. Sapo.
Vitória, vitória acabou a história.
Boa noite e bons sonhos!
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