Era uma vez um lenhador, que tinha sete filhos pequenos. O filho mais novo nasceu tão pequenino e fraquinho, que todos lhe chamavam Polegarzinho. Ele era pequenino e muito esperto, sempre a inventar brincadeiras novas para os seus irmãos.
Um dia, em tempos de crise, o dinheiro do lenhador acabou e não tinha como comprar alimentos, não havia comida para todos. As panelas estavam vazias... sabendo que todos morreriam de fome se ficassem em casa, teve uma ideia e contou à mulher:
- Vou levá-los para a floresta. Talvez encontrem coisas para se alimentar e sobreviver ou alguém que cuide deles. Aqui é que não temos comida para eles!
A mãe chorou muito, mas concordou com o lenhador, na esperança que alguém os acolhesse. Na manhã seguinte, saíram todos de casa como se fossem passear na floresta. Depois de estarem todos bem cansados de tanto andar, os pais foram-se afastando, sem que as crianças se apercebessem.
O Polegarzinho foi o primeiro a reparar que os pais tinham desaparecido. Tentaram procurá-los, mas estavam perdidos e abandonados...
Caiu a noite e as crianças tinham medo dos lobos e morcegos que faziam ruídos assustadores à sua volta. O irmão mais velho subiu a uma árvore alta para procurar um abrigo para a noite. Ficaram todos contentes quando ele disse ter avistado a torre de um castelo ao longe.
Foram em direcção ao castelo, a pensar que encontrariam um rei e uma rainha ricos e bondosos que os acolheriam e lhes dariam alimento.
Quando chegaram, bateram à porta e apareceu a dona da casa que recebeu aquelas crianças abandonadas e famintas com todo o seu carinho, mesmo preocupada com o marido, que era um gigante que gostava de comer crianças, pudesse chegar a qualquer momento. Trouxe bastante comida, que ali não parecia faltar. Todos ficaram satisfeitos e encheram as barrigas.
A porta da casa chiou a abrir… era o gigante que estava a chegar.
Ouvindo o barulho, a dona da casa correu para esconder as crianças em baixo da cama:
- Fiquem quietinhos, não façam barulho - recomendou ela.
- Fiquem quietinhos, não façam barulho - recomendou ela.
-Aqui cheira a carne fresca! -gritou o gigante quando entrou.
-Deve ser a vaca que te cozinhei para o jantar – disse-lhe a esposa.
-Não, não, velha estúpida -disse o gigante, cheira-me a carne fresca de meninos!
E pôs-se à procura, até os encontrar.
-Deve ser a vaca que te cozinhei para o jantar – disse-lhe a esposa.
-Não, não, velha estúpida -disse o gigante, cheira-me a carne fresca de meninos!
E pôs-se à procura, até os encontrar.
-Aqui estão estes malandrecos - voltou a gritar -Vou matá-los já e amanhã vou comê-los!
-Não te distraias agora - pediu-lhe a esposa - que a vaca vai ficar fria.
O gigante ouviu a boa velhinha, comeu a vaca toda e foi-se deitar a dormir.
-Não te distraias agora - pediu-lhe a esposa - que a vaca vai ficar fria.
O gigante ouviu a boa velhinha, comeu a vaca toda e foi-se deitar a dormir.
- Amanhã como-os, foi a última coisa que disse.
Claro que os sete irmãozinhos saíram a correr daquela casa.
Quando o gigante acordou, cheio de fome, e percebeu que os meninos tinham escapado, deu um pontapé na velhinha e saiu para os perseguir com as suas botas de sete léguas. Mas, como era muito gordo, cansou-se depressa e pôs-se a dormir debaixo de uma árvore.
O Polegarzinho, que era muito esperto e valente, calçou as botas mágicas e, em duas passadas, foi a casa do gigante e disse à velhinha:
- O seu marido mandou-me dizer-lhe para me entregar todas as suas riquezas, ele não pode vir, porque torceu um pé.
Ao ver que o Polegarzinho tinha as botas de sete léguas do marido, acreditou nele e entregou-lhe o tesouro do gigante.
O Polegarzinho foi ter com os irmãos e voltaram para casa dos pais, que ficaram muito felizes ao vê-los.
Pouco tempo depois, o rei soube que o Polegarzinho tinha as botas de sete léguas do gigante, e nomeou-o seu mensageiro, para as cartas chegarem mais depressa a todos os sítios do Reino.
O Polegarzinho passou então a ser a personagem mais famosa daquelas terras.
Vitória, vitória acabou a história.
Boa noite e bons sonhos!
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