Visita aos Faróis de Portugal
Farol de Leça |
O mar faz parte da História e da Cultura Portuguesa. Os Navegadores Portugueses aventuraram-se mar adentro e os faróis, inicialmente apenas fogueiras alimentadas durante toda a noite, foram muito importantes no regresso a casa dos aventureiros dos descobrimentos assim como das gentes que viviam da pesca. Com o tempo, os faróis evoluíram, tornando-se cada vez mais complexos e grandes obras de engenharia.
Marginal de Leça da Palmeira, vista do Farol |
Hoje são monumentos nacionais, que continuam a garantir a segurança dos que andam no mar e são cada vez mais pontos de acesso à história e cultura marítima.
Vista norte do Farol de Leça |
A Costa Portuguesa
tem 53 faróis: 7 na Madeira, 16 nos Açores e 30 no Continente. Constituem um
importante património histórico e científico e despertam a curiosidade e
fascínio pelas histórias dos faróis e dos seus guardadores, os faroleiros.
Há quase 30 faróis
visitáveis em Portugal, que estão abertos ao público todas as quartas-feiras à
tarde, entre as 14h e as 17h, no verão e entre as 13h30 e as 16h30, no inverno. Alerta-se que o período de abertura a visitas pode ser
cancelado ou encurtado, sem aviso prévio, por motivos
operacionais do farol, pois os faróis são equipamentos de assinalamento
marítimo em funcionamento, cuja missão principal é garantir a segurança da navegação. Lista dos faróis visitáveis aqui
Fonte: Autoridade
Marítima Nacional.
Aparelho lenticular. |
Nós já visitamos o
interior de dois faróis!
Subimos ao topo do Farol de Leça e do Farol do Cabo S. Vicente. Que grandes
aventuras! São dois importantes faróis da costa portuguesa. O Farol de Leça é o
2.º mais alto do país, o Farol do Cabo de S. Vicente, tem a maior óptica dos
faróis nacionais e uma das maiores do mundo.
Descida no Farol de Leça |
O Farol de Leça tem
46 metros de altura (edificado) e 57 de altitude (acima do nível médio do mar), tem
um alcance de52 Km. É o 2.º mais alto da costa
portuguesa (a seguir ao de Aveiro, que tem 62 metros de altura).
Mar a perder de vista. |
Para chegar ao topo subimos
os 225 degraus, por escadas que se tornam cada vez mais íngremes. A vista é
deslumbrante, apesar do vento forte, conseguimos sair para o exterior e
apreciar a paisagem, lá do alto. Não fosse o vento e poderíamos ficar ali horas
a olhar para aquela imensidão.
Vista do Farol do Cabo S. Vicente |
No Cabo de S.
Vicente, o vento não nos permitiu sair para o exterior, mesmo assim adoramos a
visita e conhecer os detalhes do funcionamento do farol e do seu sistema lenticular. O edifício tem 28 metros de altura e está a 86 metros de altitude relativamente ao nível médio do mar. A óptica do farol do Cabo de S. Vicente é uma hiper-radiante de Fresnel, a maior em Portugal e que está entre as 10 maiores do mundo, é
acesa todos os dias, num ritual que não pode falhar.
Mecanismo do Farol do Cabo de S. Vicente |
Nestas visitas os
Faroleiros, que são os profissionais ao serviço da Marinha responsáveis pelos
trabalhos no farol, explicaram todo o funcionamento, a história e a sua
importância na vida marítima. Falam do farol com paixão e entusiasmo, como se
de um filho se tratasse. São eles que zelam pelo bom funcionamento do farol, o ligam diariamente e cuidam de toda a manutenção. São
eletricistas, mecânicos, serralheiros, pintores e até guias turísticos nas quartas-feiras de abertura ao público.
Mecanismo de relojoaria de rotação da óptica. |
Atualmente com tantos sistemas de apoio à navegação e de georreferenciação,
podemos pensar que os faróis têm menos importância, pelo contrário, eles estão
lá quando tudo falha. Disse-nos um dos faroleiros que acompanhou a nossa visita:
"imagine orientar-se pelo GPS com tudo completamente escuro".
Os
faróis são todos diferentes, as luzes das suas ópticas também, o que os torna
característicos e únicos, que é
fundamental para orientar e garantir a segurança de quem está no mar.
Vista da refinaria da Petrogal em Leça |
Gostei. Parabéns pela cultura q me proporcionaram… tanta informação.
ResponderEliminarBjs e Abraços,
Pedro, Manuela e VA